segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Obras de aterramento do igarapé de Manaus seguem do Centro rumo à nascente na Praça 14



Manaus, com seus caudalosos igarapés e outras belezas naturais, tinha tudo para ser uma cidade linda por natureza. Porém, a ação predatória e criminosa do homem e de governantes assistencialistas levou nossos recursos naturais ao estado de destruição e abandono.

Os Igarapés de Manaus, que formam um traçado típico e característico na paisagem urbana e rural estão sendo aterrados, devastados, canalizados, concretados  e caminhando para a extinção. Todo esse processo de destruição conta com a participação do governo do Estado do Amazonas, através das obras de 'revitalização' dos igarapés feita pelo Prosamim e também com o silêncio das autoridades públicas.

Um programa que tem como um dos objetivos a recuperação ambiental dos igarapés, tornou um mero programa habitacional, construindo-se casas em cima dos leitos dos igarapés aterrados e desrespeitando todas as leis ambientais de proteção a esses recursos hídricos.

Em pleno centro urbano encontra-se a nascente do Igarapé de Manaus. Localizado à Rua Barcelos, Praça 14 de Janeiro, essa nascente, que brota as primeiras águas que deram origem ao falecido Igarapé de Manaus e mantém ainda alguns fragmentos de mata nativa também passa por um estado de vulnerabilidade. Sem a atenção das autoridades públicas, o local vive precariamente à pura sorte do destino.

A lógica de recuperação do igarapé, que deveria começar pela sua nascente segue o processo contrário e com um ritmo acelerado de aterramentos dos trechos que levam até a nascente.

A VIDA PEDE SOCORRO, pois nesses trechos ainda pulsa a cristalina água e a presença de pequenos peixes e outras espécies aquáticas, que o Estado insiste na destruição desses "caminhos de canoas" que fazem parte de nossa história e de nossa cultura.
Aterramento do igarapé de Manaus entre as ruas Ramos Ferreira e Tarumã