segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Projeto de Lei de Iniciativa Popular prevê o uso de brasão como símbolo oficial em todo País


A utilização de símbolo oficial do Município, do Estado, do Distrito federal e da União em todos os órgãos, bens patrimoniais, publicidades e documentos públicos brasileiros é uma proposta que está sendo desenvolvida pelo Instituto Amazônico da Cidadania – IACi, por meio de um projeto de lei de iniciativa popular.

No projeto, o uso de símbolos oficiais tradicionais será uma forma de resgatar o valor histórico desses brasões, e principalmente, a economia de dinheiro público, uma vez que não há uma regulamentação nesse sentido e os poderes executivos sempre trocam de logomarcas a cada mandato.

A proposta se justifica pelo fato de governantes sempre quererem personificar um ente público, impondo uma logomarca que muita das vezes não representa o interesse público e nem obedece ao que determina a Constituição Federal, em seu artigo 37, que impõe à administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a obediência aos princípios da impessoalidade.   

 O uso dos símbolos nacionais também é uma exigência da Lei no 5.700, de 1 de setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos nacionais. A obrigatoriedade do uso das Armas Nacionais está disposta no art. 26.

A Lei orgânica de Manaus, em seu artigo 101, parágrafo único já prevê a obrigatoriedade em todos os veículos de propriedade ou a serviço da administração pública direta, indireta e fundacional o uso do brasão do município. A proposta da lei estende essa obrigatoriedade a todos os bens, permitindo somente o uso do brasão com o nome da cidade, do Estado e do Paísexcluindo as frases personalistas.

Em Manaus, em tempos contemporâneos, as administrações do ex-prefeito Artur Neto e Serafim Correa foram pioneiras no resgate da história e ao cumprimento do decreto-lei de 1906, ao utilizar o brasão da cidade, não preferindo personificar o ente público, exemplo esse que não foi seguido por outras administrações. O escudo municipal foi criado pelo Decreto-Lei de 17 de abril de 1906 e utilizado na administração de Adolpho Guilherme de Miranda Lisboa, superintendente municipal de Manaus,

Dimensionar os gastos com as trocas de logomarcas é quase impossível, mas dá para se ter uma ideia de que o gasto do dinheiro público alcança cifras milionárias, uma vez que ao assumir, o governante busca personificar seu governo adquirindo um novo projeto de marketing, trocando placas, pinturas de veículos e prédios, material de expediente, descartando material da última administração, entre outras formas.

A proposta, depois de concluída será enviada ao Congresso Nacional para a apreciação da Casa, onde se espera que a projeto de lei vire uma realidade no País e se enterre de vez o mau exemplo de políticos que personificam com as mais variadas logomarcas as administrações públicas, em detrimento ao erário, às leis e aos símbolos tradicionais e históricos.  


Brasões históricos de Manaus, do Amazonas e do Brasil